Mais recentemente, no ano de 2010, foi elaborado e confeccionado um grande painel grafitado no bairro da Lapa, que agregou os principais nomes da cena do graffiti carioca. Esta produção parece bastante significativa para elucidar a diluição subversiva dos grafiteiros e suas ações na cidade. Patrocinado e apoiado por empresas privadas (Antártica) e a própria prefeitura do Rio de Janeiro, o painel tem mais de 10 metros de altura, e mesmo estando posicionado em espaço público, possui iluminação própria, placa em reconhecimento dos artistas e até uma cabine do “famoso” choque de ordem em frente, como medida de segurança. Segurança é um termo bastante ambíguo, a medida que o graffiti não representa mais o perigo nem o vandalismo, e deve ser, portanto, protegido de possíveis atos de vandalismo e depredação. Nesse sentido, a cabine do “Choque de ordem” postada a frente do painel grafitado parece sugerir uma proposta de institucionalização deste junto à prefeitura do Rio de Janeiro. Todos esses elementos em torno do graffiti são extremamente contraditórios à sua própria identificação jurídica, taxado como ação criminal. Ora, o que tudo isso sugere?
Seria este painel fruto de uma reivindicação e uma conquista coletiva dos grafiteiros em torno da sua livre expressão no espaço urbano ou apenas mais uma ação de marketing da prefeitura da cidade?
isso foi uma boa jogada da ambev+prefeitura. tomaram uma área da própria prefeitura que estava largada na mão de flanelinhas e craqueiros, reentregaram a área 'a coletividade e, na sequencia, entregaram ela de volta À exploração privada. logo essa pracinha estará cercada e cheio de clientes consumindo álcool enlouquecidamente... isso nunca foi homenagem aos grafiteiros.... sempre foi a fachada monumental de um bar qualquer, mais um bar da boa....
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